Dados oficiais da saúde desmentem críticas feitas por vereador de Vila Velha
A Prefeitura de Vila Velha divulgou, nesta quinta-feira (11), respostas técnicas que desmentem frontalmente as declarações sobre os serviços de saúde do município, feitas pelo vereador Fabiano Oliveira (PL), na última sessão da Câmara Municipal, realizada na quarta-feira (10).
De acordo com a administração, as manifestações do parlamentar foram embasadas em dados descontextualizados, em distorções e informações flagrantemente incompatíveis com os relatórios oficiais da área de saúde, no município.
A gestão classificou como inadequada a manobra política do vereador Fabiano, de tentar estimular conflitos entre categorias profissionais da saúde, desconsiderando o fato de que Vila Velha segue à risca a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), realizando atendimentos multidisciplinares e integrados, com a participação de todas as categorias que compõem a área de saúde.
O vereador Fabiano Oliveira também criticou a estrutura da Atenção Primária em Vila Velha, mas esqueceu de mencionar o aumento do número de Unidades Básicas de Saúde, que passou de 19 para 25 (sendo que mais duas estão em construção); a ampliação das equipes de enfermeiros, técnicos, médicos, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas e outros servidores – que hoje somam um total de 2.648 profissionais em atividade –, e a informatização de toda a Rede Municipal: avanços que beneficiam diretamente a área de saúde, sobretudo a Atenção Primária.
Estratégia Saúde da Família

Entre outras críticas infundadas feitas pelo vereador Fabiano Oliveira está a alegação de que a atual gestão teria declarado possuir 100% de cobertura populacional em Estratégia Saúde da Família (ESF). Mas ele se confundiu.

O que a Prefeitura afirmou foi que as esquipes de ESF estão presentes em 100% das Unidades Básicas de Saúde do município. Ou seja: todas as unidades municipais contam com equipes de ESF, o que é bem diferente.

Ainda para manter o clima de ódio durante seu discurso em plenário, Fabiano Oliveira deixou de registrar que em 2020, no final da gestão anterior – da qual ele também fez parte, ocupando cargo comissionado –,
Vila Velha possuía somente 39 equipes de ESF e que hoje, já são 103 equipes credenciadas pelo Ministério da Saúde atuando na cidade: um aumento significativo que ele fez questão de omitir.

A Prefeitura também classificou como grave e irresponsável a afirmação feita pelo parlamentar, de que todas as mortes maternas e infantis ocorridas na cidade seriam evitáveis. Porém, sua crítica atropelou os relatórios do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre as causas obstétricas diretas, indiretas e condições clínicas prévias que podem levar ao óbito mesmo com acompanhamento médico.
Fabiano ignorou, ainda, o fato de que o Comitê de Prevenção à Mortalidade Materna e Infantil de Vila Velha segue normas federais e que o município possui rede estruturada de pré-natal, que garante às gestantes total acesso a consultas, exames e atendimentos especializados.
Sífilis: tendência nacional

Outra crítica equivocada rebatida pela gestão diz respeito à sífilis. O vereador insinuou que o aumento de casos seria um “problema de Vila Velha”, desconhecendo que o Ministério da Saúde já admitiu, publicamente, que há uma epidemia nacional da doença e que desde 2016, o número de casos vem crescendo em todos os municípios e estados brasileiros.
Segundo dados oficiais demonstrados nos relatórios quadrimestrais da saúde, Vila Velha ampliou a testagem, o diagnóstico, a distribuição de medicamentos, o rastreamento e a vigilância epidemiológica envolvendo casos de sífilis. O município esclarece, ainda, que na maioria das vezes, o aumento do número de notificações reflete maior capacidade de detecção da doença, e não a piora do sistema público de saúde.
A Prefeitura encerrou suas respostas ao vereador afirmando que saúde não tem preço, tem valor, e que por isso, Vila Velha aplica mais de 23% de toda a sua receita anual só na área de saúde, oferecendo a estrutura que a cidade merece e os serviços que o povo precisa.
Para a atual gestão, cuidar da saúde é mais do que prevenir e tratar doenças: é garantir condições para que a população tenha dignidade e qualidade de vida.
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