Artesanato apoia mulheres e ajuda o enfrentamento do dia a dia

Artesanato apoia mulheres e ajuda o enfrentamento do dia a dia

Fênix é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e ressurgia das próprias cinzas. Em alusão a esse pássaro, surgiu o nome desse grupo de mulheres artesãs.

O grupo da Economia Solidária intitulado Fênix surgiu há oito anos, após um encontro inesperado entre dona Sirlene e dona Lourdes, que havia acabado de perder um filho. Dona Sirlene, que já era aposentada e viúva, deu a ideia das duas se unirem no artesanato, para ocuparem o tempo. “Era uma forma de uma apoiar a outra. Ela estava passando por um momento difícil. Eu já era aposentada, viúva e já estava com o meu filho criado”, explica Sirlene Juffo.

Com o tempo, o Grupo Fênix foi só crescendo. Hoje é composto por oito guerreiras, que enfrentam suas batalhas dia após dia. Entre elas, as palavras que predominam são: união e amor.

“Somos uma família. Aqui uma ensina a outra. Sempre nos reunimos e uma fica responsável por ministrar a oficina. É gostoso ensinar para as amigas uma técnica que eu domino mais. Assim também é uma oportunidade que eu tenho de aprender coisas novas com elas”, ressalta a artesã Rose Baldi.

Além da troca de conhecimentos, os encontros para produção das peças é uma forma de distração.

“O artesanato ocupa nossas cabeças. Hoje já não consigo me ver sem fazer as minhas peças. Não vou ficar em casa assistindo filme o dia todo, aqui eu sou ativa. Se eu parar vou adoecer”, explica Sirlene Juffo.

O grupo Fênix, assim como outros grupos da economia solidária e artesãos, estão expondo suas produções na Festa da Penha 2022. Eles estão localizados ao lado do palco central, na Prainha.

Entre as peças, destacam-se as produzidas no estilo sacro santo, em referência ao evento e ao Convento de Nossa Senhora da Penha. Outros artigos, elaborados em arte rebourn, bordados, crochê, patchwork, pinturas, escultura em concha, arte em madeira, mosaico e cerâmica também chamam atenção. Todos os produtos são feitos por moradores de Vila Velha.

Reprodução: PMVV