Calçada da Fama: Definidos os 15 finalistas para eleição de 2021

Calçada da Fama: Definidos os 15 finalistas para eleição de 2021

Atletas, ex-atletas e personalidades do mundo esportivo estão entre os 15 finalistas que vão participar da votação on-line para eleger os cinco homenageados da Calçada da Fama em 2021. O projeto, realizado pela Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport), tem como objetivo de eternizar os nomes de atletas, paratletas, técnicos e profissionais que contribuíram e contribuem positivamente com o esporte capixaba, elevando o nome do Estado no cenário nacional e internacional.

Os mais votados pela Comissão de Indicação foram: Alexandra Nascimento (handebol), Bruno Conde (karatê), Bruno Schmidt (vôlei de praia), Carlos Germano (futebol), Duda Brasil (beach soccer), Esquiva Falcão (boxe), Helio Demoner (basquete), Ivanildo Brito (natação), Janc (futebol), Loyola (vôlei de praia), Mão (beach soccer), Patrícia Pereira (natação paralímpica), Richarlison (futebol) e Zé da Bola (futebol).

Ao todo, 50 nomes foram lembrados pela Comissão de Indicação e, entre os mais votados, apenas o ex-jogador de futebol Sávio Bortolini Pimentel pediu para que seu nome não fosse incluído na votação on-line.

As 15 personalidades foram definidas após o voto dos membros da Comissão de Indicação, que contavam com a participação de servidores da Sesport, jornalistas e cronistas esportivos, além de secretários municipais de Esporte e presidentes de federações esportivas capixabas. Apenas um dos 20 convidados a participar da Comissão não encaminhou os votos no período indicado.

Como funcionará?

A partir de agora, os 15 mais votados pela Comissão vão participar da votação on-line, que acontecerá de forma gratuita, no site da Sesport, a partir da próxima semana. As duas personalidades mais lembradas no voto popular irão para a Calçada da Fama, juntamente com as três mais votadas pela Comissão, totalizando cinco homenageados na etapa 2021.

Veja quem são e um pouco da história dos 15 nomes que vão participar da votação on-line:

Alexandra Nascimento (handebol) – Eleita em 2012 como a melhor jogadora do mundo, Alexandra Nascimento foi campeã mundial de handebol em 2013 pela seleção brasileira da modalidade. Além disso, conquistou quatro medalhas de ouros em Jogos Pan-Americanos (2003, 2007, 2011 e 2014) e disputou cinco Olimpíadas (2004, 2008, 2012, 2016 e 2020).

Baiano (futebol) – Natural de Colatina, Valmecyr José Margon, o Baiano, começou a carreira no Rio Branco. Do futebol capixaba, foi parar em Pernambuco, onde jogou no Santa Cruz e no Náutico, clube no qual se tornou ídolo, conquistando o bicampeão pernambucano (1984/1985). Ganhou duas vezes o troféu “Chuteira de Ouro” como o maior artilheiro do País, em 1982 (com 43 gols, pelo Santa Cruz), superando Zico e Casagrande, e em 1983 (52 gols, já no Náutico). É o maior artilheiro da história do Campeonato Pernambucano, com 206 gols. Jogou também no Fluminense e no Sport.

Bruno Conde (karatê) – Mais novos entre os indicados, com apenas 22 anos, o carateca Bruno Conde já coleciona uma série de títulos. Entre os destaques estão os campeonatos sul-americano e pan-americano de base de 2016 e os campeonatos brasileiros de 2012, 2014 e 2015 e 2018. Além disso, desde 2012, de forma consecutiva, Bruno faz parte da Seleção Brasileira de Karatê.

Bruno Schmidt (vôlei de praia) – Nascido em Brasília, mas radicado em Vila Velha, Bruno Schmidt conquistou a medalha de ouro do vôlei de praia masculino da Olimpíada do Rio, em 2016, ao lado do capixaba Alison Cerutti. Além disso, venceu em 2015 o Campeonato Mundial, o Circuito Mundial e o World Tour Finals (também em 2016). Foi também campeão Sul-Americano (2014) e dos Jogos Mundiais Militares (2019).

Carlos Germano (futebol) – Campeão da Copa América com a seleção brasileira, em 1997, e vice-campeão da Copa do Mundo da França, em 1998, o ex-goleiro conquistou seus principais títulos com a camisa do Vasco da Gama: campeão brasileiro (1997), da Libertadores e tricampeão carioca (1992/1993/1994). Foi o segundo jogador que mais vestiu a camisa do Vasco (632 jogos), só ficando atrás de Roberto Dinamite. Também passou por outros grandes, como Botafogo e Santos.

Duda Brasil (beach soccer) – Hexacampeão mundial de beach soccer com a seleção brasileira (2002, 2003, 2004, 2006, 2007 e 2008) e tricampeão brasileiro com a seleção do Espírito Santo (2000, 2001 e 2010), Duda Brasil é um dos maiores jogadores da história do beach soccer capixaba e brasileiro. Entre outras conquistas importantes, destaques para o tricampeonato da Copa Latina (2002, 2003 e 2004) e para o pentacampeonato do Mundialito (2002, 2004, 2005, 2006 e 2007).

Esquiva Falcão (boxe) – Filho do lendário boxeador Touro Moreno, Esquiva Falcão conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres, em 2012, a primeira do Brasil na modalidade desde 1968. Outras conquistas relevantes nos ringues são a medalha de bronze nos Jogos Sul-Americanos, em 2010, e no Campeonato Mundial Amador, em 2011.

Helio Demoner – in memoriam (basquete) – Um dos grandes nomes do basquete capixaba, Hélio Demoner é um dos principais incentivadores da modalidade no Espírito Santo. Tricampeão estadual de basquete, Demoner foi o criador dos Jogos Abertos Jerônimo Monteiro (Jajem), competição que revelou diversos talentos durante seus anos de disputa. Demoner faleceu em dezembro de 2020, vítima da Covid-19.

Ivanildo Brito – in memoriam (natação) – Presidente por cerca de duas décadas da Federação Aquática Capixaba (FAC), Ivanildo Brito Maciel era um pernambucano de alma capixaba que lutou por anos pelo crescimento da natação no Estado. Trouxe para o Espírito Santo uma série de grandes eventos durante a gestão dele na FAC, incentivando o intercâmbio com atletas de outros estados. “Seu Ivanildo”, como também era chamado, faleceu em 2020, vítima de um câncer.

Janc (futebol) – José Antônio Nunes do Couto, o Janc, foi o criador da Copa A Gazetinha, em 1976. Hoje, umas das maiores competições do País de futebol infanto-juvenil, tendo revelado diversos craques capixabas para o Brasil e o mundo, como Carlos Germano, Geovani e Maxwell. Jornalista e chargista, Janc trabalhou no jornal A Gazeta, entre as décadas de 1960 e 1990, e é um dos grandes nomes da história recente da imprensa capixaba.

Loiola (vôlei de praia) – Ícone e precursor do vôlei de praia capixaba, Loiola foi o primeiro estrangeiro a conquistar o título de Rei da Praia nos Estados Unidos, em 1997. Repetiu a dose no Brasil em 2001, quando se tornou novamente o Rei da Praia, no Rio de Janeiro. Outras conquistas de destaque foram o Campeonato Mundial, em 1999, e os Jogos da Amizade, em 2001. Disputou uma Olimpíada, a de 2000, em Sydney.

Mão (beach soccer) – Goleiro da seleção brasileira de beach soccer, Jenilson Brito Rodrigues, o Mão, é pentacampeão mundial pelo Brasil (2006, 2007, 2008, 2009 e 2017). É o atleta que mais vestiu a camisa da seleção brasileira da modalidade e que mais disputou partidas de copas do Mundo. Foi também bicampeão da Copa Intercontinental (2014 e 2016) e tricampeão da Copa América (2012, 2013 e 2016).

Patricia Pereira (natação paralímpica) – Tetraplégica, a nadadora Patrícia Pereira dos Santos já conquistou duas medalhas em Jogos Paralímpicos. A primeira foi a de prata, no Rio, em 2016, na prova dos 4x50m livre, integrando o grupo com duas lendas da natação paralímpica brasileira: Clodoaldo Silva e Daniel Dias. Em Tóquio, este ano, a capixaba faturou o bronze na prova do revezamento 4x50m livre (20 pontos), novamente ao lado de Daniel Dias.

Richarlison (futebol) – Atacante, Richarlison surgiu no Real Noroeste e, após passagens por América-MG e Fluminense, chegou ao futebol europeu. Atualmente atua no Everton, da Inglaterra. É o capixaba de maior destaque da história da Premier League, além de ser presença constantes nas convocações da seleção brasileira. Pelo Brasil, conquistou a Copa América, em 2019, disputada no País, e a medalha de ouro na Olimpíada de Tóquio, em agosto deste ano.

Zé da Bola – in memoriam (futebol) – Um dos primeiros capixabas convocados para a seleção brasileira, Moisés Ferreira Alves, também conhecido como Zezinho, começou a carreira no Vitória e depois passou pelo Rio Branco. De lá, se transferiu para o Botafogo, clube em que permaneceu entre os anos de 1948 e 1954 e marcou 113 gols. Também jogou por Flamengo, Corinthians, Santos e São Paulo, onde se tornou o artilheiro do Campeonato Paulista de 1956, com 18 gols. Após se aposentar, retornou ao Espírito Santo para atuar como cronista esportivo, até seu falecimento em 1980.

 

 

Reprodução:  Governo do ES