Janeiro Roxo reforça importância da detecção precoce da hanseníase

Janeiro Roxo reforça importância da detecção precoce da hanseníase

Nesta sexta-feira (31) é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, data criada com o objetivo de conscientizar sobre a doença, que ainda é carregada de estigma e de discriminação. Em Vila Velha, a Secretaria Municipal de Saúde acolhe e trata munícipes portadores ou com suspeita da doença através do Programa Municipal de Controle da Hanseníase.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a segunda posição mundial em número de novos casos de hanseníase diagnosticados anualmente. Esse dado revela a necessidade de ações eficazes a fim de informar e orientar a população sobre a importância da detecção precoce da doença.

Em Vila Velha, pessoas acometidas pela doença, aquelas com suspeita  e as que conviveram com doentes não tratados devem procurar a sua Unidade de Saúde. No local, será avaliado pelo médico ou enfermeiro, que vai analisar a queixa, fazer o teste de contato e/ou exame clínico e, se necessário, encaminhar para uma das unidades de referência do Programa Municipal de Controle da Hanseníase – Prainha e Paul, que dará o encaminhamento necessário.

Moradores atendidos na rede privada também são acolhidos. Para isso, é necessário portar a avaliação do médico ou dermatologista e entrar em contato com a unidade de saúde de referência para agendamento da consulta, pelos telefones (27) 99808-3351 (Prainha) ou (27) 99223-7683 (Paul).

Janeiro Roxo
Para promover ações de esclarecimento e conscientização a população sobre a hanseníase foi criada a campanha Janeiro Roxo. A iniciativa tem o intuito de fortalecer a inclusão, combater o preconceito e ampliar o acesso ao cuidado.

A doença

A hanseníase é uma doença que tem cura, mas as pessoas portadoras, além de lidarem com o diagnóstico e o tratamento, ainda lidam com o estigma das outras pessoas que tendem a isolá-los e se afastarem com medo do contágio.

O modo de transmissão da doença é interrompido já no primeiro mês, quando o portador inicia o tratamento, e não há necessidade de isolamento. Importante destacar que, para cada 10 indivíduos expostos ao contato com o doente não tratado, apenas um pode adoecer.

Sintomas

Atente-se aos sintomas iniciais da hanseníase e procure uma unidade de saúde caso perceba algum deles: manchas claras ou avermelhadas na pele com perda de sensibilidade ao toque, calor ou dor; formigamento ou fraqueza muscular e dormência em extremidades como mãos e pés.

Exame dos contatos
Também é essencial que as pessoas que conviveram com doentes não tratados compareçam às unidades de saúde de referência para avaliação de contato.

Se a doença não for tratada pode levar a deficiências físicas, incapacidade de realizar atividades simples, fortes dores e amputação de membros. A hanseníase tem cura, é gratuita e fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Dados em Vila Velha

De acordo com o Painel e-SUS Vigilância em Saúde (VS), em 2024 foram notificados 609 casos de hanseníase no Espírito Santo e, destes, 70 em Vila Velha, sendo 32 casos em mulheres e 38 em homens.

Em 2024, 46 pacientes receberam cura, mas eles continuam sendo acompanhados conforme necessidades. Cinco abandonaram o tratamento e quatro foram transferidos para outras cidades.

Fonte : Prefeitura de Vila Velha